Por José Henrique Bomfim, Ph.D.*
Você é fã de música?
Pois então saiba que ouvir música pode trazer diversos benefícios para a sua saúde cerebral e ajudá-lo a melhorar o seu foco e sua concentração.
Estudos apontam que, a exposição do nosso cérebro a música pode: melhorar a capacidade de discurso, mudar nossa habilidade de perceber o tempo, aumentar a força e disposição, melhorar o sistema imunológico, auxiliar na recuperação de pacientes, melhorar a cognição, estimular memórias e até ajudar em doenças neurodegenerativas.
Quer saber mais sobre como a música pode influenciar no seu dia-a-dia? Então fica com a gente que a Overclock vai contar tudo que você precisa saber.
Só para adiantar, vamos passar pelos seguintes tópicos:
- Música e cérebro: qual a relação?
- Como a música impacta nossas funções cerebrais?
- Estudos: Conexão Cérebro-Música
- Conclusão
Música e Cérebro: qual a relação?
Você tem uma preferência musical para determinados momentos? Tem uma playlist de treino? Uma playlist para estudar? Escuta aquela música 250 vezes por dia? Pois bem.... Saiba que isso tudo não é à toa e o seu cérebro cérebro agradece.
Usando imagens cerebrais de pessoas ouvindo sinfonias curtas de um compositor do séc XVIII, uma equipe de pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford obteve informações valiosas sobre como o cérebro classifica o mundo caótico ao seu redor.
A equipe de pesquisa mostrou que a música envolve as áreas do cérebro envolvidas na atenção, fazendo previsões e atualizando o evento na memória. O pico da atividade cerebral ocorreu durante um curto período de silêncio entre os movimentos musicais - quando aparentemente nada estava acontecendo.
Além de compreender o processo de ouvir música, seu trabalho tem implicações de longo alcance sobre como o cérebro humano classifica os eventos em geral. Suas descobertas foram publicadas na revista Neuron.
Perceba que existe toda uma rede séria de pesquisas envolvendo o cérebro e sua resposta à música. Mas isso todos aprendemos desde muito cedo.
Nossa relação com os sons nos faz mudar de humor, sorrir, chorar, ter raiva, felicidade e esperança. E é exatamente este tipo de resposta que muitas vezes o cinema, a TV e as empresas de publicidade usam para mudar nossas emoções.
Como a música impacta nossas funções cerebrais?
Aquela música no filme faz a diferença entre termos esperança ou sentirmos raiva. Elevando o tom das notas percebemos que algo acontece com nosso cérebro e é isso que nos faz lembrar daquele momento em especial.
Todos estes eventos são coordenados por nossos neurotransmissores de maneira muito precisa. Para que vocês saibam, a exposição de gestantes a certos estilos de música cria uma gama de reações diferentes nos fetos e, consequentemente, nos bebês recém nascidos.
Mas podemos explorar de fato o foco e sua relação com a música?
O que já sabemos é que a exposição de nosso cérebro à música pode: melhorar a capacidade de discurso, mudar nossa habilidade de perceber o tempo, reduzir convulsões, te fazer mais forte, melhorar o sistema imunológico, auxiliar na recuperação de pacientes, melhorar a cognição, estimular memórias e até ajudar em doenças neurodegenerativas.
Estudos: Conexão Cérebro-Música
Especialistas estão tentando entender como nossos cérebros podem ouvir e tocar música. Um sistema estéreo emite vibrações que viajam pelo ar e de alguma forma entram no canal auditivo. Essas vibrações fazem cócegas no tímpano e são transmitidas em um sinal elétrico que viaja pelo nervo auditivo até o tronco cerebral, onde é remontado em algo que percebemos como música.
Pesquisadores do importante centro médico Johns Hopkins testaram dezenas de artistas de jazz e rappers improvisando música enquanto estavam deitados dentro de uma máquina de ressonância magnética para observar e ver quais áreas de seus cérebros se iluminam.
A música é estrutural, matemática e arquitetônica. É baseado nas relações entre uma nota e a seguinte. Você pode não estar ciente disso, mas seu cérebro tem que fazer muita computação para entender isso.
Ainda no campo da ciência, pesquisas mostram que ouvir música pode reduzir a ansiedade, a pressão arterial e a dor, além de melhorar a qualidade do sono, o humor, o estado de alerta mental e a memória.
Conclusão
Impressionante, não é? E isso independe do estilo musical? Obviamente, nossos gostos e padrões são determinados por diversos fatores que envolvem o ambiente onde nos criamos, fatores culturais, religião e dezenas de outros pontos que nos permitem montar nossa playlist cerebral..... E que também muda com nossas experiência e tempo.
Portanto, se você deseja manter seu cérebro em pleno funcionamento durante o processo de envelhecimento, ouvir ou tocar música são excelentes aliados. Estes eventos oferecem um treino cerebral total.
Overclock: o maior aliado da sua alta-performance.
*José Henrique Bomfim é Farmacêutico Bioquímico, mestre em toxicologia, doutor em farmacologia clínica e consultor científico da Overclock
.
karina Amaral
Muito interessante