Precisamos falar sobre burn-out!

Por José Henrique Bomfim, Ph.D.*

Você sabia que cansaço extremo e sensação de improdutividade podem ser sinais de Burnout?

Burnout é um estado de exaustão emocional, física e mental causado por estresse prolongado e sentimentos de sobrecarga. Isso pode resultar de uma variedade de fatores, incluindo estresse relacionado ao trabalho, estresse na vida pessoal ou uma combinação de ambos. 

Alguns sintomas comuns de burnout incluem sentir-se emocionalmente esgotado, experimentar sintomas físicos como dores de cabeça e insônia, sentir-se desconectado do trabalho ou relacionamentos pessoais e experimentar uma perda de motivação ou interesse em atividades que eram anteriormente agradáveis.

Mas afinal, quais são as principais causas? Como identificar um burn-out? Quais as principais formas de tratamento? Existe suplementação ideal para quem se encontra nesse estado?

Quer saber as resposta para essas e outras perguntas? Então fica com a gente que a Overclock vai te contar tudo que você precisa saber.

Só para adiantar, vamos passar pelos seguintes tópicos:

O que é burn-out? 

Muitos de nós conhecemos alguém que teve que fazer uma pausa no trabalho devido ao esgotamento. De maneira geral, as pessoas que entram neste estado de desgaste acabam apresentando sintomas como fadiga generalizada, apatia, sono excessivo ou descoordenado, fraqueza muscular e alterações de comportamento, fala e movimentos.

Mas o que exatamente é esse conjunto de sintomas? E qual é a diferença entre esgotamento, exaustão "normal" e depressão?

A constante pressão por resultados, necessidade de se atingir metas (e dobrá-las),  a responsabilidade exigida em cargos de chefia ou que lidam com a vida ou finanças, a falta de organização pessoal e de bons hábitos de saúde… Todos estes fatores podem estar contribuindo, de forma silenciosa e tímida, para o esgotamento e a exaustão extrema: o que hoje conhecemos por "burn-out".

O termo “burn-out” foi descrito na década de 1970 pelo psicólogo americano Herbert Freudenberger. Ele o usou para descrever as consequências do estresse severo e dos altos ideais nas profissões de “ajuda” ou "cuidado", principalmente na área da saúde. Médicos e enfermeiros, por exemplo, que se sacrificam pelos outros, muitas vezes acabam “esgotados”, exaustos, apáticos e incapazes de lidar com as situações e problemáticas do dia a dia de sua rotina. 

Hoje em dia, o termo não é usado apenas para essas profissões de "cuidado". Esta situação pode afetar qualquer pessoa, desde pessoas e celebridades estressadas e preocupadas com a carreira até funcionários e donas de casa sobrecarregados.

Surpreendentemente, os especialistas nem sempre concordam sobre o que realmente é o esgotamento. Isso tem consequências: como não está exatamente claro o que é o burn-out e como pode ser diagnosticado, também não é possível dizer o quão comum é.

Um estilo de vida estressante pode colocar as pessoas sob extrema pressão, a ponto de se sentirem exaustas, vazias, esgotadas e incapazes de lidar com a situação. O estresse no trabalho também pode causar sintomas físicos e mentais. As possíveis causas incluem sentir-se permanentemente sobrecarregado ou pouco desafiado, estar sob pressão de tempo ou ter conflitos com colegas. 

O comprometimento extremo que resulta em pessoas negligenciando suas próprias necessidades também pode estar na raiz disso. Problemas causados ​​pelo estresse no trabalho são um motivo comum para tirar licença médica. Se alguém tiver problemas em seu local de trabalho, mudanças em seu ambiente de trabalho já podem fazer uma diferença positiva. Para pessoas que não conseguem mais lidar com o estresse de cuidar de parentes doentes, um apoio mais concreto pode ajudar a melhorar sua situação.

A exaustão é uma reação normal ao estresse e não necessariamente um sinal de doença. Então, o esgotamento descreve um conjunto de sintomas que é mais do que uma reação "normal" ao estresse? E como é diferente de outros problemas de saúde mental? Na verdade não é, e isto é o que devemos nos preocupar, pois nos últimos anos o número de atingidos pela burn-out vem crescendo demais.

Como identificar um burn-out?

De acordo com o Ministério da Saúde do Brasil, existem sintomas bem comuns ligados a esta condição. São eles:

- Cansaço excessivo, físico e mental;

- Dor de cabeça frequente;

- Alterações no apetite;

- Insônia;

- Dificuldades de concentração;

- Sentimentos de fracasso e insegurança;

- Negatividade constante;

- Sentimentos de derrota e desesperança;

- Sentimentos de incompetência;

- Alterações repentinas de humor;

- Isolamento;

- Fadiga;

- Pressão alta;

- Dores musculares;

- Problemas gastrointestinais;

- Alteração nos batimentos cardíacos; 

Na verdade, não necessariamente todos estes irão ocorrer, mas podem aparecer em conjunto e levar ao dano da pessoa com a condição. Não é raro surgirem casos de ideação suicida ou mesmo suicídio completo. E  isto é extremamente preocupante!

Como diagnosticar e tratar burn-out?

Sempre que identificado alguma relação de comportamento com essa condição, é extremamente recomendado a busca por um profissional psicólogo ou um médico psiquiatra. Somente eles podem dar o diagnóstico preciso e indicar os tratamentos mais adequados para cada caso.

A partir de então, normalmente são prescritas terapias (psicoterapia) e medicamentos ansiolíticos e tranquilizantes.

Entretanto, como já vimos aqui em nosso blog no texto sobre novos rumos do tratamento para ansiedade e depressão (ler matéria completa), há uma grande evidência da prática de atividade física e no uso de suplementos alimentares e compostos bioativos e o controle dos sintomas da burn-out.

Como a suplementação pode ajudar no burn-out

Os ácidos graxos ômega 3 (EPA e DHA), vitamina D, magnésio, taurina, tirosina, triptofano, vitaminas B1, B2, B3 e B6, são os compostos com maior evidência dentre os considerados nutrientes e podem estabilizar o humor e reduzir sintomas de ansiedade. Podemos ainda incluir o aminoácido glicina, a vitamina A e minerais como selênio e manganês.

Colina, cafeína, l-teanina e coenzima Q10 também são opções a serem consideradas trazem proteção neurológica. Biotina e vitamina B5 participam da síntese de neurotransmissores e também podem ser excelentes opções.

Já os antioxidantes devem sempre ser indicados nestas situações pois, ao evitarem o dano oxidativo nas células, melhoram o funcionamento do sistema nervoso e trazem equilíbrio na redução de sintomas de ansiedade ligados ao burn-out. Polifenóis, vitaminas A, C, E e K, coenzima Q10, resveratrol e complexo B estão entre os antioxidantes indicados nesta situação.

Percebemos que a suplementação adequada, frente a uma dieta equilibrada e rica, assim como a prática de atividade física constante, podem ser aliados importantes na redução dos sintomas e equilíbrio nas pessoas com burn-out. 

Overclock 2.0 tem em sua nova fórmula diversos dos compostos citados nos artigos sobre suplementos e burn-out e pode também ser um grande protagonista como suplementação para as pessoas nestas condições.

Referências Bibliográficas:

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Síndrome de Burnout. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/sindrome-de-burnout

KOGA et al. Fatores associados a piores níveis na escala de Burnout em professores da educação básica. Cad. Saúde Colet., 2015, Rio de Janeiro, 23 (3): 268-275

WHO (Organização Mundial da Saúde). Burn-out an "occupational phenomenon": International Classification of Diseases. Disponível em: https://www.who.int/news/item/28-05-2019-burn-out-an-occupational-phenomenon-international-classification-of-diseases#:~:text=%E2%80%9CBurn%2Dout%20is%20a%20syndrome,related%20to%20one's%20job%3B%20and

*José Henrique Bomfim é Farmacêutico Bioquímico, mestre em toxicologia, doutor em farmacologia clínica e consultor científico da Overclock

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