Depressão e ansiedade: existem alternativas de tratamento além dos medicamentos e psicoterapia?

Depressão e ansiedade: existem alternativas de tratamento além dos medicamentos e psicoterapia?

Por José Henrique Bomfim, Ph.D.*

Nas últimas décadas, a humanidade se deparou com o avanço de doenças consideradas "urbanas", ou seja, aquelas que nossos ancestrais ou desconheciam ou simplesmente o diagnóstico não era realizado por falta de conhecimento sobre elas ou por ainda não terem sido classificadas.

A obesidade e os transtornos neurológicos e psiquiátricos encabeçam essa lista de doenças com alto índice de prevalência nas últimas décadas. Porém, não há como negar que a depressão e os transtornos de ansiedade têm se mostrado as principais doenças do século XXI. O número de casos no planeta é alarmante e seu crescimento é exponencial, principalmente num cenário pós-pandêmico.

Quer saber se existem alternativas para o tratamento desses transtornos além dos medicamentos e psicoterapia? Então fica com a gente que o Overblog dessa semana está recheado de artigos científicos sobre o assunto e promete contar tudo que você precisa saber.

Só para adiantar, vamos passar pelos seguintes tópicos:

  • DEPRESSÃO E ANSIEDADE: RAÍZES E CAUSAS

  • PRINCIPAIS FORMAS DE TRATAMENTO PARA DEPRESSÃO E ANSIEDADE

  • NUTRIÇÃO  SUPLEMENTAÇÃO RELACIONADAS À ANSIEDADE E DEPRESSÃO

  • CONCLUSÃO


DEPRESSÃO E ANSIEDADE: RAÍZES E CAUSAS

Nas últimas décadas, a humanidade se deparou com o avanço de doenças consideradas "urbanas", ou seja, aquelas que nossos ancestrais ou desconheciam ou simplesmente o diagnóstico não era realizado por falta de conhecimento sobre elas ou por ainda não teriam sido classificadas.

A obesidade e os transtornos neurológicos e psiquiátricos encabeçam essa lista de doenças com alto índice de prevalência nas últimas décadas.

Porém, não há como negar que a depressão e os transtornos de ansiedade têm se mostrado as principais doenças do século XXI. O número de casos no planeta é alarmante e seu crescimento é exponencial.

Juntamente a todos estes fatores, a humanidade enfrentou uma pandemia que durou quase 3 anos e fez com que as pessoas ficassem isoladas em suas casas. Os dados epidemiológicos de ansiedade e depressão durante a pandemia de COVID foram alarmantes, principalmente nas crianças e adolescentes.

Será que nossas últimas gerações realmente absorvem mais as situações de estresse e desconforto e isso pode refletir na incidência de novos casos? As causas destes dois transtornos são multifatoriais, indo do ambiente a fatores de predisposição genética.

Ainda dentro de cada transtorno, temos uma variedade de classificações diferentes, como transtorno do pânico e estresse pós traumático, transtornos alimentares  para ansiedade e transtorno misto de ansiedade e depressão, transtornos de humor e episódio depressivo maior para ansiedade.

O que devemos considerar é que, ao observarmos sintomas que possam caracterizar uma destas condições, a pessoa deve ser encaminhada ao profissional para avaliação e este pode ser o psicólogo. Se o profissional avaliar a gravidade da situação, o psiquiatra deve ser buscado pois somente ele poderá realizar a prescrição medicamentosa.

PRINCIPAIS FORMAS DE TRATAMENTO

Nos casos de transtorno de ansiedade, os medicamentos devem buscar reduzir a excitação, inquietação e descontrole. Neste transtorno, são utilizadas drogas ansiolíticas (diazepam, bromazepam, zolpidem), antidepressivos (buspirona, bupropiona, escitalopram), drogas com efeitos sedativos moderados (prometazina, ciclobenzaprina) e até mesmo um antihipertensivo, o propranolol, que reduz a ação da adrenalina (nos transtornos de ansiedade, a adrenalina é o principal neurotransmissor que sofre descontrole).

Os medicamentos descritos para ansiedade, acabam por terem reações adversas muito importantes, que vão desde um leva sedação, fraqueza, até dependência e transtornos psiquiátricos, às vezes com amnésia e demência associadas a estes.

Dentre os tratamentos disponíveis para depressão, existem diversas classes de drogas antidepressivas, divididas por famílias onde o alvo são os neurotransmissores dopamina, noradrenalina, adrenalina, serotonina e glutamato, que estão reduzidos nos casos de depressão.

Drogas como fluoxetina, escitalopram, trazodona, bupropiona, selegilina e sertralina estão entre as mais utilizadas e estão disponíveis no mercado há décadas.

Apesar de sua segurança estabelecida e eficácia no tratamento dos episódios de depressão, não há como negar que as reações adversas (efeitos colaterais) são fator de preocupação aos pacientes. Estas reações vão desde episódios cardiovasculares à insônia, enxaqueca, transtornos de comportamento, perda da libido e até mesmo ideação suicida.

Mas existe alguma forma de amenizar estes eventos e também alternativas eficazes para o tratamento destas condições? Sim, e tem muito a ver com hábitos de vida e alimentares.... acredite!!


NUTRIÇÃO  SUPLEMENTAÇÃO RELACIONADAS À ANSIEDADE E DEPRESSÃO

Há alguns anos o número de artigos científicos publicados sobre compostos bioativos, nutrientes e nutracêuticos e sua relação com o tratamento e prevenção de agravo da depressão e ansiedade, triplicou e podemos perceber uma nova tendência neste contexto: a busca pela qualidade de vida dos pacientes com tratamentos que não trazem prejuízo à saúde.

Como os compostos são inúmeros, iremos listas aqueles com maior indicação nos transtornos (a junção destes compostos em formulações também é alvo de pesquisa e torna o tratamento mais eficaz muitas vezes).

Para a redução dos episódios de amnésia, prevenção da demência e redução dos eventos neurológicos associados aos medicamentos para ansiedade, os ácidos graxos ômega 3 (EPA e DHA), vitamina D, magnésio, taurina, tirosina, triptofano, vitaminas B1, B2, B3 e B6, possuem maior número de estudos positivos, sendo opções nestas situações.

Estes mesmos compostos podem ser utilizados como auxiliares ao tratamento, onde também podem incluir o aminoácido glicina, a vitamina A e minerais como selênio e manganês.

Colina, cafeína, l-teanina e coenzima Q10 também possuem estudos direcionados à ansiedade e são extremamente importantes para a proteção neurológica. Biotina e vitamina B5 são participantes da síntese de neurotransmissores e também podem ser opções.

Os antioxidantes devem sempre ser considerados pois, ao evitarem o dano oxidativo nas células, melhoram seu funcionamento e promovem maior neurotransmissão. Polifenois, vitaminas A, C, E e K, coenzima Q10, resveratrol e complexo B estão entre os antioxidantes mais importantes para nosso organismo.

Assim como na ansiedade, a ação dos compostos bioativos e nutrientes se baseia no efeito protetor que eles promovem e na melhora da disponibilidade energética e no metabolismo celular. Estas ações garantem o melhor funcionamento de nossas células, incluindo as do sistema nervoso central.

Os compostos que podem ser eficazes para auxiliar nos quadros de depressão, são a vitamina D, ácidos graxos ômega (EPA e DHA), vitaminas B6, B9 e B12, SAME (S-adenosil-l-metionina), inositol e minerais como magnésio, silício, boro, cobre e manganês.

Percebemos que os efeitos em ambos os transtornos parecem mesmo estarem ligados aos eventos protetores e antioxidantes promovidos pelos compostos. 

Uma nova visão também relaciona a saúde intestinal e probióticos a doenças como ansiedade e depressão. Este tema vale um post exclusivo, pois há muito o que ser explorado sobre.

CONCLUSÃO

Portanto, suplementos completos em suas formulações podem ser aliados e auxiliares para reduzirem eventos dos medicamentos para depressão e ansiedade e também promoverem melhora nos quadros destas doenças. E é desta forma que Overclock 2.0, com sua nova fórmula, pode trazer benefícios aos pacientes nestas condições.

 

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Referências Bibliográficas:

FERNANDEZ-RODRIGUEZ M et al. Nutritional supplements in Anxiety Disorder. Actas Esp Psiquiatr. 2017 Sep;45(Supplement):1-7. Epub 2017 Sep 1

KJÆRGAARD M et al. Effect of vitamin D supplement on depression scores in people with low levels of serum 25-hydroxyvitamin D: nested case – control study and randomised clinical trial. Br J Psychiatry. 2012;25:360–368

THURFAH J et al. Dietary Supplementations and Depression. J Multidiscip Healthc. 2022; 15: 1121–1141


*José Henrique Bomfim é Farmacêutico Bioquímico, mestre em toxicologia, doutor em farmacologia clínica e consultor científico da Overclock

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Megan

Sei bem como é isso… texto relevante

April 12, 2023 at 16:03pm

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