CS:GO - Conquista do Espaço das Mulheres - Overblog | Overclock

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-No último dia 24 aconteceu a final da GRRRLS League entre MIBR e FURIA, cotada como favorita a ser campeã. As partidas disputadíssimas terminaram com a virada do MIBR, que perdeu a Dust 2 e venceu a Mirage e Train. Desde 2010 sem elenco da categoria, o MIBR fem estreou a line com annaEX, Bizinha, fly, julih e bokor. O campeonato, transmitido pela twitch da Game Expo Oficial, teve a semi-final e a final retransmitidas pelo Gaules, fator que aumentou consideravelmente o número de audiência. A visibilidade trazida pelo canal do Gaules permitiu que mais espectadores participassem do cenário feminino (Reprodução: twitch.tv/gaules) Mas não são apenas as jogadoras que estão conquistando espaço no cenário do esport competitivo. A organização da GRRRLS League, com o patrocínio da Oi, teve o cuidado de trazer mulheres para narrar as partidas. As casters Babi Micheletto, Natalia Micheleto e Vanessa Paccico narraram cada partida com atenção e empolgação, desviando com maestria dos ataques vindos do chat. Houve resistência por parte dos espectadores em relação às narradoras, provavelmente por ser um cenário onde casters homens predominam. Sabe-se que muitos contextos do esport podem ser tóxicos em relação à participação feminina. Dessa forma, existe uma auto organização de mulheres gamers que se unem em grupos tanto para jogar casual como profissionalmente, além de denunciar perfis que apresentem comportamento anti-jogo ou comunicação tóxica. Amadurecidas algumas ideias em relação à existência de times femininos e masculinos, podemos ir além: casualmente, é justificável que existam times femininos com o intuito de se proteger de um lobby machista. No entanto, profissionalmente, esse argumento já não se aplica. Então, por que ainda existem ligas e times exclusivamente femininos? A questão é que o nível técnico dos homens que jogam profissionalmente é, em geral, superior ao das mulheres. Não por questões biológicas ou porque as mulheres seriam naturalmente piores; mas porque mulheres não são incentivadas desde crianças a jogar, por exemplo, jogo de FPS. E o que isso interfere na qualidade de jogo? Primeiramente, se poucas são incentivadas a jogar na infância, são poucas que vão chegar ao nível profissional. Nesse sentido, o mundo dos players masculinos se torna muito mais competitivo devido à grande quantidade de jogadores disputando espaço no cenário profissional. Em segundo lugar, temos um aspecto mais complexo: as brincadeiras que são tidas como de “meninos” pela sociedade – como jogar bola ou jogos de computador, principalmente FPS – estimulam o desenvolvimento de uma noção espacial. Diversos estudos científicos demonstraram que quanto mais cedo a criança é estimulada a desenvolver a capacidade espacial, maiores as chances de virar um adulto com maior aptidão para as ciências exatas e moleculares. E como isso afeta no CS? Sabe-se que para se tornar um jogador completo, é necessário reflexo, memória muscular, coordenação motora e, sobretudo a questão espacial: é preciso se atentar ao radar, ao jogo, falar com o time ao mesmo tempo em que todas as outras coordenações devem estar afiadas. Gráfico de 2017 mostra a porcentagem de mulheres em cada tipo de jogo. Nota-se que o gênero feminino predomina na categoria de Match 3, quebra-cabeça, e jogos de RPG. Categorias como FPS e MOBA – que exigem noção espacial – possuem menos de 10% de participação feminina (Reprodução: Quantic Foundry) Como então fortalecer o cenário competitivo feminino? Apoiar a existência de ligas e categorias femininas é um primeiro passo para incentivar meninas que queiram jogar. É necessário que eventos como o da GRRRLS League tenham visibilidade, pois ver mulheres jogando cria a representatividade necessária para provar que o CS:GO não é só para garotos. Se mais meninas jogarem desde cedo junto com os meninos, maiores as chances do cenário competitivo feminino se equiparar ao masculino – e então poderemos ter times mistos.

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