Por que você deveria jogar Fobia - St. Dinfna Hotel e o que Overclock tem a ver com isso

Por que você deveria jogar Fobia - St. Dinfna Hotel e o que Overclock tem a ver com isso

Overclock Fobia: sua única escolha


Há algumas semanas atrás, escrevemos um texto sobre o mercado de games brasileiro (https://bit.ly/3dQmseS) para contextualizar sobre a posição das principais desenvolvedoras brasileiras, além dos títulos nacionais que estão fazendo sucesso tanto aqui quanto lá fora. A Pulsatrix, uma das desenvolvedoras citadas no texto, e o seu título mais recente, Fobia - St Dinfna Hotel, representa  um grande marco da capacidade da indústria nacional de games, tanto pela sua gameplay e ambientação quanto pela jogabilidade e enredo, e é um jogo que vale a pena dar a sua devida atenção.


Com um grande sucesso após o lançamento de Fobia, a Pulsatrix estabeleceu uma parceria com a Overclock, visando a promoção dos dois produtos, como consequência da identificação entre as duas empresas: tanto a Overclock como o Fobia são dois produtos inteiramente brasileiros e  imergidos no mundo e na comunidade gamer. A CEO da Overclock, Karina Rui do Amaral, comenta sobre a parceria: “Acreditamos que houve um match: são duas empresas brasileiras, que possuem o jogo e a comunidade como os principais pilares. Os puzzles do Fobia são desafiadores e requerem bastante desempenho cognitivo, algo que a Overclock, como Performance Drink, pode oferecer”. 


Fabio Martins de Lima, Diretor do Fobia, adiciona: "Sabemos que alianças com marcas consolidadas podem mudar o curso de uma empresa, mas nada se compara à diferença que a Overclock faz para a gente. Essa parceria com a Overclock não apenas virou o nosso jogo, como também nos ajudou a conectar com outros pilares de nosso público em comum: a nossa comunidade." 


A parceria consiste no nosso mais novo produto, o sabor Overclock Fobia, que pode ser encontrado no nosso site (bebaoverclock.com.br), além de diversos easter eggs da Overclock dentro do Fobia, incluindo um Puzzle.



Os desenvolvedores Brasileiros e mais um dos seus sucessos


Originada por desenvolvedores paulistas que trabalhavam no exterior, a Pulsatrix é apenas um dos diversos exemplos da crescente indústria brasileira, e conta em diversas entrevistas os desafios que uma empresa indie enfrenta ao desenvolver um jogo de proporções tão grandes. Em entrevista ao blog Garota no Controle, Fabio Martins, COO e desenvolvedor, conta um pouco sobre o aspecto financeiro da empreitada:A maior dificuldade sempre se encontra na parte financeira. O processo de produção é muito longo, e manter uma equipe trabalhando por tanto tempo é muito custoso.”



A empresa conseguiu um empurrãozinho nos estágios de desenvolvimento através da distribuidora Epic Games, que ajudou no financiamento com o seu programa Epic MegaGrant, demonstrando a crescente reputação que os brasileiros possuem no mercado. Apesar do terreno desafiador, Fobia pode ser considerado o maior lançamento de uma desenvolvedora brasileira na história dos games, contando com números impressionantes de venda em todas as principais plataformas: PS5, XBOX Series X, Steam, além dos consoles da penúltima geração como o PS4. 

A gameplay de Fobia

 

O jogo, que propõe a temática de terror e suspense, obtém inspiração de diversos títulos consagrados do mesmo gênero, porém modernizando e adicionando toques originais ao seu modelo. Fobia conta a história de uma seita tecnológica em diversos momentos da sua linha do tempo, e o jogador se depara com um prólogo e flashbacks para se situar em meio ao ambiente que o jogo propõe.

Inicialmente na pele de um jornalista em uma espécie de prisão, o prólogo demonstra a essência do jogo em si, uma ambientação hostil e diversos puzzles (muitos, opcionais) que liberam o progresso do jogador, carregando diversos elementos clássicos do gênero de survival horror que o título propõe. Sem muitas explicações, o jogador se encontra desesperadamente atrás de um lugar para guardar as anotações do jornalista que controla, e precisa resolver alguns puzzles básicos para achar um lugar apropriado, antes que algo aconteça. 

 

O terror - principalmente psicológico - presente no jogo é construído desde o primeiro momento em que se tem controle do personagem, através da ambientação e exploração. Existe uma certa tensão que permeia os hostis e incertos ambientes em que o jogador se encontra, compostos de locais com pouca iluminação , visões sobrenaturais em momentos de tensão, deformação e flashes na tela. Os efeitos sonoros de altíssima qualidade, como passos distantes, portas batendo, além de chuvas pesadas do lado de fora, contribuem para essa atmosfera que desconforta o jogador, além de serem  relacionados ao momento que o jogador vive durante o jogo. Quando os elementos de suspense são combinados com  gráficos extremamente polidos e bem feitos, o player se encontra em um jogo imersivo.

 

O prólogo, apesar de dar um contexto importante sobre os acontecimentos que permeiam a história do jogo, logo é substituído pela narrativa principal:  Roberto, um recém formado jornalista que aspira uma carreira em investigação, resolve passar uns dias no Hotel Santa Dinfna, a fim de obter explicações sobre os mistérios que acontecem na região das Três Trilhas Sagradas, lugar fictício em Santa Catarina. O que começa com uma cutscene tranquila, logo muda completamente após uma aparição no banheiro do quarto que o jornalista estava hospedado.

A partir daqui, o jornalista se encontra em um hotel destruído e infestado de monstros, e tem como ajuda apenas telefonemas de uma mulher chamada Sabrina, com quem trocava e-mails sobre sua investigação, sobre o que está acontecendo e o que ele deveria fazer se quisesse sair vivo dali. Roberto então luta contra monstros (incluindo mini-bosses) e desvenda os mistérios do Hotel. O jogo força o player a explorar minuciosamente todos os andares do Hotel, fornecendo itens ao longo da gameplay que liberam novas áreas, muitas vezes em lugares já visitados e necessários para a progressão na história

 

O jogo é separado em capítulos e, além da trama do jornalista, temos diversos Flashbacks onde controlamos Christopher, o líder da seita que povoava a região antes dos acontecimentos vividos por Roberto. Além de conter seus próprios cenários e mecânicas novas, os capítulos vividos pelo líder contextualizam a história do jogo, provendo explicações para o que realmente está acontecendo na região das Três Trilhas e possuir elementos muito bem relacionados com diversos documentos espalhados ao longo da história do jogo.

As mecânicas do jogo

 

Um dos aspectos mais interessantes e chamativos do jogo é seu storytelling. O jogo não se preocupa muito em contextualizar o jogador a todo momento, e muitas vezes o contexto geral do jogo pode parecer confuso. Porém, assim como diversos outros títulos consagrados em sua narrativa (como a série Souls), cabe ao jogador montar o quebra-cabeça com os itens e acontecimentos do jogo. 

 

Além dos motivos óbvios, como mais munição, cura e upgrades, o jogo recompensa os jogadores que se dedicam a exploração dos níveis  e o cumprimento de puzzles opcionais com itens colecionáveis - chamadas de Memórias, além de documentos que demonstram a profundidade da história de Fobia. É inegável que, para quem explora e é atento aos detalhes, o jogo torna-se muito mais imersivo e compreensível. No estilo dos jogos Lego, é possível ver as Memórias do jogo no conteúdo extra, encontrado no menu principal do jogo, onde o jogador explora uma sala de jantar com todos os itens que encontrou ao longo da gameplay, além de documentos que explicam o lugar dessas memórias na trama.

O jogo também já demonstra o sistema de inventário e o seu gerenciamento, muito similar ao presente em Resident Evil, onde diversos itens ocupam diferentes quantidades de espaço, e cabe ao jogador julgar quais serão importantes durante sua jornada. O managment desses itens torna-se um elemento central na gameplay, e diversas vezes o jogador precisa voltar alguns passos (ou alguns salvamentos), para poder progredir de maneira significativa no jogo.



Os puzzles, talvez o elemento mais marcante da sua gameplay, permeiam quase todas as ações do jogo. Desde jogadas de Xadrez até combinações lógicas de matemática, o jogador constantemente se depara com maletas e cofres fechados por combinações que exigem os mais variados raciocínios e exploração para desvendá-los. Apesar de muitas vezes difíceis, o jogo sempre esconde as respostas por perto, exigindo bastante atenção sobre o cenário e os documentos de texto que Roberto armazena no seu inventário.

Fobia é um título que não segura na mão do jogador, e com objetivos bastante vagos, desafia o jogador a pensar bastante sobre como irá progredir no jogo. Desde economizar munição, coletar itens de cura ou desvendar os enigmas principais do jogo, a sobrevivência de Roberto depende apenas das suas escolhas e atenção aos detalhes, assim como um bom jogo de survival horror deveria ser.

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