O brilhantismo de Lionel Messi está relacionado a um hiperfoco associado ao autismo?

O brilhantismo de Lionel Messi está relacionado a um hiperfoco associado ao autismo?

Por José Henrique Bomfim, Ph.D.* 

A vitória da Argentina e a atuação de Lionel Messi na Copa do Mundo de 2022 certamente foi um dos temas mais comentados do último ano.

 Um dos melhores atletas de toda a história do Futebol, com uma habilidade extraordinária e uma carreira impecável, coloca seu país no lugar mais alto do pódio da Copa do Mundo. Mas será que todo esse desempenho como atleta profissional poderia ser explicado por seu hiperfoco decorrente de um autismo?

 Em 2013, o ex  centroavante da Seleção Brasileira, Romário alegou que Lionel Messi foi diagnosticado com com Síndrome Aspenger*, hoje denominada de Transtorno do Espectro Autista, ou TEA.

 Romário fez esta citação talvez por associar o comportamento de Messi em campo, a alguns sintomas clássicos e comuns a pessoas com TEA, como timidez extrema e hiperfoco, sendo este comportamento observado desde sua infância.

Romário também destacou que esta situação atípica de Lionel Messi e seu hiperfoco, poderiam explicar o seu brilhantismo na carreira, até aquele momento. Romário só não sabia que estes números aumentariam de forma exponencial.

Lionel Messi é, sem dúvida alguma, um dos maiores atletas de toda história do esporte no geral. Seus números, até 2022, são indiscutíveis: 2x melhor jogador masculino FIFA, 7 bolas de ouro (Ballon d´or), 3x melhor jogador da Europa (UEFA), 22x artilheiro, 10x jogador do ano (La Liga), 3x campeão mundial de clubes FIFA, 10x campeão espanhol, 1x campeão francês, 1x campeão do mundo FIFA (Argentina), 8x campeão da supercopa da Espanha..... e muito mais... ufa!

A partir da declaração de Romário diversos rumores atribuindo esta condição ao desempenho esportivo do jogador começaram a surgir. Afinal, o hiperfoco e a timidez, comportamentos observados pelo jogador desde a infância, são as principais características de portadores de TEA.

 Mas será que este brilhantismo de uma carreira impecável como atleta profissional de futebol, poderia ser realmente explicado pelo hiperfoco associado ao autismo? Este tipo de comportamento de Lionel Messi, mesmo não associado diretamente a um diagnóstico de TEA, poderia determinar seu desempenho e performance como atleta profissional? Seu foco total no esporte e sua concentração elevada seriam determinantes para o sucesso em sua carreira?

 Publicamente, a única condição diagnosticada e tratada de Lionel Messi seria sua disfunção de hormônio do crescimento (GH), determinado sua baixa estatura, o que levou o atleta a ser rejeitado por equipes de futebol em sua infância.

Para entendermos melhor esta questão, devemos compreender o que é hiperfoco e em quais condições ou transtornos ele está presente.

Hiperfoco, TDH e autismo

Hiperfoco é um fenômeno que reflete a imersão completa de uma pessoa em uma tarefa, a um ponto em que esta parece completamente ignorar ou "desligar" de todo o resto. Pode ser caracterizado por uma maior dedicação e, consequentemente, aumento do desempenho e performance na tarefa direcionada.

 Um bom exemplo de hiperfoco é quando uma criança está focada em um game a um ponto onde ela não ouça um pai chamando seu nome.

Embora a maioria das pessoas acreditem já ter experimentado o estado de hiperfoco, esta é uma condição mais frequentemente mencionada no contexto de autismo, esquizofrenia e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade  - condições que apresentam consequências nas habilidades atencionais, diretamente associada a uma distração geral e foco central em uma atividade ou tarefa.

 Vale lembrar que não existe ainda uma definição exata do que seria o hiperfoco e este estado de atenção não é necessariamente um sintoma negativo em determinadas circunstâncias.

No geral, o hiperfoco pode caracterizar uma maior dedicação e, consequentemente, aumento do desempenho e performance na tarefa direcionada. Por outro lado, ao perder a atenção do seu redor, o indivíduo acaba por se afastar de situações vitais e imediatas, com consequências negativas maiores neste aspecto.

Hiperfoco e performance

Alguns pesquisadores têm discutido sobre a possível relação positiva entre pessoas com hiperfoco, nestes casos como sintoma associado ao TDAH ou TEA, e o desempenho no esporte.

 A participação em esportes exige atenção, habilidades de organização e conformidade com uma estrutura. Um grande problema associado ao TDAH seria a utilização de medicamentos estimulantes, considerados doping, pois poderiam promover vantagens às atletas, uma vez que as mesmas são banidas por aumentarem o foco, concentração e tomada de decisões. Todavia, atletas como Simone Biles (ginástica), Serena e Venus Willians (tênis), diagnosticadas com TDAH, foram autorizadas a fazerem o uso desses medicamentos por meio de prescrição médica.

 Dessa forma, este caso já poderia demonstrar que as atletas, tendo o hiperfoco e hiper energia como sintomas característicos do transtorno, já exibem diferença na performance em relação a outras atletas, sendo estes sintomas positivos para a atividade em questão.

 Além disso, é sugerido que o TDAH pode ser mais comum em atletas do que na população em geral e, embora não totalmente conhecida, a razão desses níveis pode estar relacionada aos efeitos positivos de reforço e ativação da atenção relacionados à atividade física.

 É sugerido que o TDAH pode ser mais comum em atletas do que na população em geral. Em uma revisão sistemática incluindo 17 estudos, a prevalência de TDAH variou entre 4,2% e 14,1% em atletas jovens. Isso pode ser comparado com uma prevalência estimada de TDAH na população variando de 5% a 15% na população geral. Assim, em atletas jovens, não parece haver maior prevalência. No entanto, em atletas adultos de elite foi encontrada uma prevalência de 7% a 8%, em comparação com a população em geral de 0,8% a 2,4%. Embora não totalmente conhecida, a razão pela qual o TDAH pode ser mais comum em atletas do que na população em geral pode ser devido aos efeitos positivos de reforço e ativação da atenção relacionados à atividade física.

Resumindo… A ciência diz que alguns sintomas comuns de TDAH e autismo podem melhorar o desempenho atlético. Todavia, seriam necessários mais estudos que pudessem comparar atletas com TDAH a aqueles sem diagnóstico do transtorno para se chegar a real conclusão entre o hiperfoco e vantagens em atividades esportivas.

 No caso específico de Lionel Messi, que parece não utilizar nenhum medicamento, pois não é divulgado publicamente se possui ou não diagnóstico de TEA, o hiperfoco é bem característico em suas ações. Todavia, independentemente de sua condição, Messi possui um direcionamento de concentração que se destaca dos demais.

Nutrição, nutrientes, hiperfoco e performance

Em relação a nutrição e a suplementação, estudos recentes mostram maior estresse oxidativo em crianças com TEA e que os nutrientes antioxidantes podem melhorar os sintomas da condição. Além disso, a suplementação de vitaminas e ácidos graxos, juntamente a minerais como zinco, ferro, magnésio e iodo, tendem a melhorar o neurodesenvolvimento das crianças e pode também estar associado a uma redução dos sintomas no TDAH e TEA, tanto pelos efeitos diretos no metabolismo, como pelas ações antioxidantes.

 Existe uma relação muito bem estabelecida entre o agravo dos sintomas do TDAH e TEA e a carência ou excesso de nutrientes ou compostos bioativos dos alimentos. Hoje, sabemos que a caseína, principal proteína do leite, pode ser convertida no intestino em uma substância com propriedades opióides, um neuropeptídeo, que pode aumentar a euforia em pessoas com estas condições.

Além disso, diversos artigos têm explorado a suplementação de alguns nutrientes de gestantes em comparação àquelas não suplementadas e os resultados demonstram uma possível relação da carência de ácidos graxos ômega 3 (DHEA e EPA), vitaminas B1, B6 e B12, colina, além das vitaminas A e D e um maior risco associado ao desenvolvimento de sintomas de TDAH e autismo durante a infância das crianças.

Estes nutrientes, além das diversas ações gerais no metabolismo, atuam diretamente na saúde neurológica, na síntese de neurotransmissores, na preservação das estruturas dos neurônios, além da prevenção do dano cerebral. Contribuindo para a saúde, bem-estar e desenvolvimento cognitivo.

Um ponto de extrema importância é a questão do estresse oxidativo, que ocorre quando há um aumento da geração de radicais livres no organismo. O estresse oxidativo tem sido associado ao atraso no desenvolvimento cerebral e distúrbios neurológicos, bem como a muitos outros processos patológicos.

Estudos recentes mostram maior estresse oxidativo em crianças com TEA. Outros estudos mostram que os nutrientes antioxidantes podem melhorar os sintomas da condição. O estresse oxidativo gera um processo inflamatório importante, que contribui para o comprometimento da linguagem, comportamento social e desempenho cognitivo além do desempenho físico.

Vale ressaltar que a suplementação dessas vitaminas e ácidos graxos, juntamente a minerais como zinco, ferro, magnésio e iodo, tende a melhorar o neurodesenvolvimento das crianças e pode também estar associado a uma redução dos sintomas no TDAH e TEA, tanto pelos efeitos diretos no metabolismo, como pelas ações antioxidantes.

Os artigos que abordam este tema mencionam que a suplementação deve estar associada a mais formas de terapêutica e que não existe nenhum super micronutriente que iria agir de maneira milagrosa. Tudo depende de um conjunto de ações que busca o equilíbrio entre a nutrição, o neurodesenvolvimento, o auto cuidado, os hábitos de vida saudáveis (sono adequado e atividade física são fundamentais para o controle dos sintomas) e é extremamente importante uma atuação multiprofissional na abordagem das pessoas nestas condições, com nutricionistas, médicos, fisioterapeutas e profissionais de educação física.

Além dos nutrientes citados, o uso de psicoestimulantes como a cafeína tem importante papel em questões relacionadas ao foco e concentração no TEA e TDAH. Nas dosagens preconizadas e consideradas seguras pela Organização Mundial da Saúde (máximo de 400mg/dia), a cafeína parece melhorar o desempenho nestas condições, principalmente por trazer um aumento dos efeitos da dopamina, diretamente associada à melhora no foco e concentração.

 

Suplementação da Alta Performance

OU SEJA, apesar de não se chegar a uma conclusão plausível sobre a condição do Messi e os efeitos positivos do TDAH e TEA  em atletas, não podemos negligenciar a genialidade do Campeão do Mundo. Além disso, ao observar os estudos ligados à nutrição e performance esportiva, podemos concluir que uma nutrição equilibrada aliada à utilização de suplementação adequada é capaz de potencializar o desempenho cognitivo de portadores, e não portadores, de TDAH e TEA.

 Mas e se existisse um suplemento natural capaz de potencializar a performance física e cognitiva?

 A Overclock surgiu desse ideal: exponencializar a produtividade e a disposição sem ocasionar efeitos colaterais. A bebida é constituída por ativos em dosagens permitidas eficazes em relação ao desempenho físico e mental, tornando-se uma aliada de quem deseja alcançar a alta performance no dia-a-dia.

 A suplementação da Overclock tem como base cafeína, colina e as vitaminas do complexo B (B1, B3, B5, B6, B9 e B12) que, combinadas, podem gerar ganhos expressivos em relação à tomada de decisões, desempenho mental, concentração, foco, memória, cognição e energia, fazendo com que o desempenho cognitivo aumente e os resultados nas atividades realizadas sejam ampliados.

 Por apresentar vitaminas do complexo B, dentre elas B12, B1 e B9, associadas diretamente às funções e proteção do sistema nervoso central (SNC), a suplementação com Overclock auxilia no processamento de informações e na agilidade da tomada de decisão e de reflexo. Além dos benefícios já  citados, a vitamina B9 é de extrema importância em outros aspectos da saúde, como reduzir o risco do Alzheimer e controle de hipertensão, a vitamina B12 participa na formação das células vermelhas no sangue e a vitamina B3 regula o metabolismo energético, garantindo o correto funcionamento do sistema neurológico e do organismo em sua totalidade.

 A colina, por sua vez, é uma vitamina do complexo B8, precursor do neurotransmissor Acetilcolina, relacionado diretamente à regulação da memória, do aprendizado e do sono. Já a cafeína, é o componente da Overclock responsável pelos aumentos dos efeitos da adrenalina e noradrenalina no organismo, promovendo assim a melhora no estado de alerta, foco e concentração, além dos efeitos neuroestimulantes, neuroprotetores e redução no tempo de reação.

 O resultado do sinergismo de todos esses ingredientes é foco, energia, memória  e desempenho cognitivo. Overclock, portanto, é a suplementação ideal para quem deseja mais performance e a ampliação de resultados no dia-a-dia… Seja para trabalhar, para estudar, para treinar ou jogar!

 

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