O que você deveria saber sobre o mercado de games no Brasil

O que você deveria saber sobre o mercado de games no Brasil

 

Geralmente, ao escrevermos sobre notícias e eventos relacionados à indústria dos games, tendemos a focar nos lançamentos AAA, nas grandes feiras americanas, como a Blizzcon e E3, e tópicos referentes aos nomes de desenvolvedoras e distribuidoras mais consolidadas, por exemplo, seus próximos projetos. De certa forma, priorizamos  o que vem dos maiores mercados, como a Ásia, Europa e América do Norte.

 

É muito fácil se focar nas big news e nos nomes que já conhecemos, porém, é importante nos atentarmos ao resto da indústria, a fim de conseguirmos dar a devida atenção aos projetos que não recebem tanto holofote mesmo se apresentar potencial de qualidade. É nessa pauta que nos propomos a mostrar um pouco do nosso próprio quintal, decorrer sobre números, grandes nomes e o que esperar pelos próximos anos. Enfim: quer saber como anda o mercado de games brasileiro? É só seguir o fio!

Popcorn Gamers 

 

Na verdade, apesar de não sermos os queridinhos da mídia mainstream, o Brasil é um nome consolidado na indústria dos games, seja em representatividade no e-sports, talento em desenvolvimento de jogos, mercado consumidor e na própria “cultura do video-game”. Em um recente relatório da Newzoo, empresa que se especializa em análises de dados do mercado gamer, o Brasil é o atual líder em receita na América Latina, e o 13º no mundo. 

 

O relatório, que foi traduzido e interpretado pela CheckpointBR no Twitter, também revela dados muito interessantes sobre o perfil do brasileiro na indústria dos games – somos segmentados como “Popcorn Gamers”, ou seja, preferirmos consumir conteúdo do que ativamente gastar horas jogando, um comportamento que reflete o fato de termos a quinta maior população no mercado, porém, representarmos uma receita menos bem colocada. Podemos nos comparar  com a Austrália, por exemplo, que conta com “apenas” 12,8 milhões de pessoas em contato com o mercado gamer, ainda que  supere a receita dos 89 milhões de brasileiros no mercado por US $15 milhões.

 

Uma possível explicação para isso seria o sucesso do nosso país nos e-sports, representados pelos números nas lives de campeonatos de Rainbow 6, League of Legends e Counter-Strike. Um dos maiores nomes na comunidade de CS internacional, o ex-profissional de CS:1.6 e streamer da Twitch Alexandre “Gaules” Borba, exemplifica a paixão do público brasileiro pela competição nos jogos, acumulando a incrível quantia de 700 mil visualizações simultâneas na sua live durante o jogo dos brasileiros da Imperial disputando o Major de CS:GO em Antwerp, na Bélgica, em maio deste ano. 

A ascensão mobile

 

É fácil observar, também, a consolidação dos mobile gamers na cultura brasileira, uma vez que o relatório aponta que a maioria dos brasileiros utilizam o smartphone como principal plataforma de jogos. Além disso, a porcentagem da receita total do mercado brasileiro tem grande porcentagem proveniente do setor de mobile, sendo totalizado US $962 milhões, ou 44% dos US $2,18 bilhões faturados em 2021 no Brasil.

 

E não estamos vendo isso apenas aqui: basta olhar para as receitas de China, Japão e Estados Unidos no mesmo relatório. Outro dado curioso também são as receitas totais globais, que apontam porcentagens extremamente semelhantes às do Brasil: os mobile controlam 44% da receita, enquanto os PCs contam com 26%. O mercado mobile sempre esteve presente na indústria dos games, no entanto, a sua ascensão ao topo é bastante recente, batendo os números que muitas vezes eram exclusivos do mercado de computadores ou consoles. Isso reflete na quantidade de empresas grandes que dominam o mercado mobile após sucesso nos outros setores – como a Blizzard, Activision, Nintendo, EA e Sony.


As pratas da casa

 

Existe muito a decorrer, também, sobre as desenvolvedoras brasileiras: em que setores atuam e quais os envolvimentos nos maiores mercados. É, acima de tudo, um mercado novo, que reflete os gráficos apontados nos parágrafos acima, mostrando que ainda há muito espaço a se conquistar. Ao todo, existem 1.009 estúdios desenvolvedores de jogos no Brasil, número consideravelmente pequeno quando olhamos para países como Estados Unidos (22 mil), e diversos títulos de empresas americanas ainda ocupam as principais prateleiras no nosso mercado, tanto no mobile quanto nos consoles e desktops.

 

Existem, ainda, muitos títulos feitos por desenvolvedores brasileiros que já foram comercializados nas principais plataformas de PC e consoles das últimas três gerações, além da crescente quantidade de estúdios mobile sendo formados – mais uma reflexão do tamanho do setor no Brasil e no mundo. Apesar do tamanho relativo, existe, sim, um grande crescimento para o developer no Brasil, e diversas vezes o mercado brasileiro chama a atenção de grandes investidores, com seus seus projetos alcançando uma boa reputação internacional. 

 

Como exemplo dessas colaborações, temos a parceria dos brasileiros da Pulsatrix, empresa paulista, com a Epic Games, na forma do programa de desenvolvimento Epic Mega Grant, subsidiado pela empresa. O jogo fruto dessa parceria, Fobia, St Defina Hotel, já está disponível na Steam e nos principais consoles, e foi um dos jogos mais baixados na Steam brasileira durante o mês de maio. Os desenvolvedores da Pulsatrix viram o investimento como uma maneira de elevar a qualidade dos jogos nacionais, apresentando um projeto de terror em primeira pessoa, além da presença de mecânicas de exploração e puzzles.

Para o mobile, a desenvolvedora brasileira Long Hat House nos trouxe, em 2018, Dandara, um jogo no estilo Metroidvania 2D, que recebeu diversos elogios na crítica nacional e foi indicado ao melhor jogo pelo Brazil Game Awards do ano. Além de uma arte muito bem produzida, o jogo altera a mecânica básica de movimento por pulos entre superfícies, adicionando uma camada a mais aos outros elementos de exploração e combate no game.

Outro título bem conhecido é Until Dead, lançado pelo estúdio Monomyto, de Campo Grande (MS), que faturou o prêmio de melhor jogo mobile no Indie Prize de Seattle em 2017, ano de lançamento do jogo. Combinando diversos gêneros populares, o jogo apresenta um sistema de rodadas, onde o jogador controla um sobrevivente rodeado de zumbis e precisa cumprir puzzles e realizar tarefas para avançar no jogo.

Por Rodrigo Melo Angelelli

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